7 erros financeiros comuns e como evitá-los em 2025
Descubra os 7 erros financeiros mais frequentes, como corrigi-los e dicas práticas para organizar seu orçamento e investa com segurança
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Em 2025, com a Selic em 14,75% ao ano e a inflação pressionando o custo de vida, muitos brasileiros acabam cometendo deslizes que comprometem a saúde do orçamento familiar. Se você pretende alcançar objetivos de curto, médio e longo prazo—como a compra de um imóvel, a aposentadoria ou a educação dos filhos—é fundamental identificar e corrigir comportamentos financeiros perniciosos. A seguir, conheça os 7 erros financeiros mais comuns e veja exatamente como evitá-los em 2025.
Erro 1: Não ter um planejamento financeiro
O problema
Sem um planejamento formal, é comum gastar “por intuição” e não saber para onde cada real está indo. Ao final do mês, a sensação de não ter “resto” faz com que você não consiga priorizar gastos essenciais nem criar metas concretas, atrasando o atingimento de objetivos como a reserva de emergência.
Como evitar
Crie um orçamento mensal detalhado: liste todas as receitas (salário, freelances, aluguéis) e categorize os gastos (moradia, alimentação, transporte, lazer).
Use ferramentas de gestão: apps como Mobills ou Organizze ajudam a acompanhar entradas e saídas em tempo real.
Defina metas SMART: metas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Por exemplo: “guardar R$ 2.000 em seis meses para a reserva de emergência”.
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Erro 2: Não ter reserva de emergência
O problema
Sem um fundo reservado, um imprevisto—como um conserto de carro ou uma despesa médica—obriga o uso do cartão de crédito ou do cheque especial, ambos com juros que chegam a mais de 300% ao ano.
Como evitar
Pague-se primeiro: destine uma fração fixa da renda (por exemplo, 10% a 20%) para a reserva assim que receber o salário.
Aplique em produtos de fácil resgate: prefira Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária.
Reavalie periodicamente: aumente ou diminua o valor da reserva conforme variações no custo de vida e na renda.
Erro 3: Uso inadequado do cartão de crédito
O problema
Tratar o cartão de crédito como “extensão do bolso” leva pessoas a esquecerem o limite disponível e, ao não quitar a fatura integralmente, acabam pagando juros rotativos que podem ultrapassar 300% ao ano.
Como evitar
Quite a fatura integralmente: evite pagar apenas o valor mínimo; a taxa rotativa corrói o orçamento futuro.
Defina um limite interno: use o app do banco para estabelecer um teto de gastos abaixo da sua capacidade de pagamento integral.
Faça compras conscientes: prefira débito ou dinheiro para despesas diárias e use o cartão de crédito apenas em situações planejadas.
Erro 4: Não diversificar investimentos
O problema
Manter todo o dinheiro na poupança, que rende em média 6% ao ano, equivale a perder poder de compra quando a inflação de 2025 alcança 5,53% no acumulado de 12 meses (IBGE). Isso significa que o ganho real chega a apenas 0,47% ao ano.
Como evitar
Combine renda fixa e variável: alterne entre Tesouro IPCA+ (que garante ganho real acima da inflação), CDBs, LCIs/LCAs e uma pequena parcela em ações ou Fundos Imobiliários (FIIs).
Ajuste ao perfil de risco: conservador deve manter maior fatia em renda fixa; moderado e arrojado podem destinar 20%–50% a renda variável.
Rebalanceie periodicamente: realoque ativos conforme o desempenho e mudanças no cenário econômico.
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Erro 5: Ignorar custos, taxas e impostos
O problema
Taxas de administração de fundos, tarifas bancárias, spread nos empréstimos e Imposto de Renda podem corroer parte relevante dos rendimentos, muitas vezes sem que o investidor perceba.
Como evitar
Compare corretoras e bancos: busque plataformas que não cobram taxa de custódia para Tesouro Direto e oferecem CDBs com remuneração superior ao CDI.
Analise as taxas antes de investir: confira a taxa de administração de fundos e o spread de empréstimos.
Esteja atento ao IR: aplicações de renda fixa de curto prazo têm alíquotas maiores (22,5% a 15%), enquanto FIIs são isentos para pessoa física em determinadas situações (Receita Federal).
Erro 6: Manter dívidas caras abertas
O problema
Cheques especiais e rotativo do cartão de crédito têm juros médios superiores a 300% ao ano. Manter essas dívidas faz com que boa parte da renda seja consumida apenas pelos juros, reduzindo a capacidade de poupar e investir.
Como evitar
Pague primeiro as dívidas de juros mais altos: concentre-se no rotativo e no cheque especial.
Considere a portabilidade de crédito: transfira saldos para empréstimos pessoais com taxas mais baixas (Banco Central – Portabilidade de Crédito).
Negocie condições melhores: bancos e financeiras costumam oferecer descontos para pagamento à vista ou parcelamento com juros menores.
Erro 7: Falta de planejamento para metas de longo prazo
O problema
Enxergar apenas o curto prazo impede que você programe aportes regulares para objetivos como aposentadoria ou compra de imóvel. Sem essa disciplina, pode faltar recursos no futuro para concretizar sonhos.
Como evitar
Defina metas claras e prazos: por exemplo, “aposentar-me com R$ 3.000 mensais em 20 anos” ou “comprar um apartamento em 5 anos”.
Use simuladores de projeção: consulte o simulador do Tesouro Direto ou de bancos para saber quanto investir por mês.
Considere previdência privada ou ETFs: dependendo do perfil, PGBL/VGBL ou ETFs podem ser boas opções para acumular patrimônio com benefícios fiscais.
Conclusão
Evitar esses 7 erros financeiros é essencial para ter mais tranquilidade em 2025, num cenário de Selic a 14,75% ao ano (Reuters) e inflação de 5,53% nos últimos 12 meses (IBGE). Com um planejamento financeiro bem estruturado, reserva de emergência, uso consciente do cartão de crédito e carteira diversificada, você minimiza riscos e aumenta suas chances de atingir objetivos de curto, médio e longo prazo. Não deixe de acompanhar custos, quitar dívidas caras e revisar metas periodicamente, ajustando-se às mudanças no cenário econômico.