7 erros financeiros comuns e como evitá-los em 2025

Descubra os 7 erros financeiros mais frequentes, como corrigi-los e dicas práticas para organizar seu orçamento e investa com segurança

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6/10/20254 min leer

Em 2025, com a Selic em 14,75% ao ano e a inflação pressionando o custo de vida, muitos brasileiros acabam cometendo deslizes que comprometem a saúde do orçamento familiar. Se você pretende alcançar objetivos de curto, médio e longo prazo—como a compra de um imóvel, a aposentadoria ou a educação dos filhos—é fundamental identificar e corrigir comportamentos financeiros perniciosos. A seguir, conheça os 7 erros financeiros mais comuns e veja exatamente como evitá-los em 2025.

Erro 1: Não ter um planejamento financeiro

O problema

Sem um planejamento formal, é comum gastar “por intuição” e não saber para onde cada real está indo. Ao final do mês, a sensação de não ter “resto” faz com que você não consiga priorizar gastos essenciais nem criar metas concretas, atrasando o atingimento de objetivos como a reserva de emergência.

Como evitar

  • Crie um orçamento mensal detalhado: liste todas as receitas (salário, freelances, aluguéis) e categorize os gastos (moradia, alimentação, transporte, lazer).

  • Use ferramentas de gestão: apps como Mobills ou Organizze ajudam a acompanhar entradas e saídas em tempo real.

  • Defina metas SMART: metas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Por exemplo: “guardar R$ 2.000 em seis meses para a reserva de emergência”.

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Erro 2: Não ter reserva de emergência

O problema

Sem um fundo reservado, um imprevisto—como um conserto de carro ou uma despesa médica—obriga o uso do cartão de crédito ou do cheque especial, ambos com juros que chegam a mais de 300% ao ano.

Como evitar

  • Pague-se primeiro: destine uma fração fixa da renda (por exemplo, 10% a 20%) para a reserva assim que receber o salário.

  • Aplique em produtos de fácil resgate: prefira Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária.

  • Reavalie periodicamente: aumente ou diminua o valor da reserva conforme variações no custo de vida e na renda.

Erro 3: Uso inadequado do cartão de crédito

O problema

Tratar o cartão de crédito como “extensão do bolso” leva pessoas a esquecerem o limite disponível e, ao não quitar a fatura integralmente, acabam pagando juros rotativos que podem ultrapassar 300% ao ano.

Como evitar

  • Quite a fatura integralmente: evite pagar apenas o valor mínimo; a taxa rotativa corrói o orçamento futuro.

  • Defina um limite interno: use o app do banco para estabelecer um teto de gastos abaixo da sua capacidade de pagamento integral.

  • Faça compras conscientes: prefira débito ou dinheiro para despesas diárias e use o cartão de crédito apenas em situações planejadas.

Erro 4: Não diversificar investimentos

O problema

Manter todo o dinheiro na poupança, que rende em média 6% ao ano, equivale a perder poder de compra quando a inflação de 2025 alcança 5,53% no acumulado de 12 meses (IBGE). Isso significa que o ganho real chega a apenas 0,47% ao ano.

Como evitar

  • Combine renda fixa e variável: alterne entre Tesouro IPCA+ (que garante ganho real acima da inflação), CDBs, LCIs/LCAs e uma pequena parcela em ações ou Fundos Imobiliários (FIIs).

  • Ajuste ao perfil de risco: conservador deve manter maior fatia em renda fixa; moderado e arrojado podem destinar 20%–50% a renda variável.

  • Rebalanceie periodicamente: realoque ativos conforme o desempenho e mudanças no cenário econômico.

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Erro 5: Ignorar custos, taxas e impostos

O problema

Taxas de administração de fundos, tarifas bancárias, spread nos empréstimos e Imposto de Renda podem corroer parte relevante dos rendimentos, muitas vezes sem que o investidor perceba.

Como evitar

  • Compare corretoras e bancos: busque plataformas que não cobram taxa de custódia para Tesouro Direto e oferecem CDBs com remuneração superior ao CDI.

  • Analise as taxas antes de investir: confira a taxa de administração de fundos e o spread de empréstimos.

  • Esteja atento ao IR: aplicações de renda fixa de curto prazo têm alíquotas maiores (22,5% a 15%), enquanto FIIs são isentos para pessoa física em determinadas situações (Receita Federal).

Erro 6: Manter dívidas caras abertas

O problema

Cheques especiais e rotativo do cartão de crédito têm juros médios superiores a 300% ao ano. Manter essas dívidas faz com que boa parte da renda seja consumida apenas pelos juros, reduzindo a capacidade de poupar e investir.

Como evitar

  • Pague primeiro as dívidas de juros mais altos: concentre-se no rotativo e no cheque especial.

  • Considere a portabilidade de crédito: transfira saldos para empréstimos pessoais com taxas mais baixas (Banco Central – Portabilidade de Crédito).

  • Negocie condições melhores: bancos e financeiras costumam oferecer descontos para pagamento à vista ou parcelamento com juros menores.

Erro 7: Falta de planejamento para metas de longo prazo

O problema

Enxergar apenas o curto prazo impede que você programe aportes regulares para objetivos como aposentadoria ou compra de imóvel. Sem essa disciplina, pode faltar recursos no futuro para concretizar sonhos.

Como evitar

  • Defina metas claras e prazos: por exemplo, “aposentar-me com R$ 3.000 mensais em 20 anos” ou “comprar um apartamento em 5 anos”.

  • Use simuladores de projeção: consulte o simulador do Tesouro Direto ou de bancos para saber quanto investir por mês.

  • Considere previdência privada ou ETFs: dependendo do perfil, PGBL/VGBL ou ETFs podem ser boas opções para acumular patrimônio com benefícios fiscais.

Conclusão

Evitar esses 7 erros financeiros é essencial para ter mais tranquilidade em 2025, num cenário de Selic a 14,75% ao ano (Reuters) e inflação de 5,53% nos últimos 12 meses (IBGE). Com um planejamento financeiro bem estruturado, reserva de emergência, uso consciente do cartão de crédito e carteira diversificada, você minimiza riscos e aumenta suas chances de atingir objetivos de curto, médio e longo prazo. Não deixe de acompanhar custos, quitar dívidas caras e revisar metas periodicamente, ajustando-se às mudanças no cenário econômico.